tratamento do câncer

Como funciona o tratamento do câncer

O câncer é uma das doenças que vêm crescendo em número de incidência na população de todo o mundo, ano após ano, o que demanda cada vez mais novos recursos no tratamento.

No nosso país, esse quadro não é diferente. De acordo com estimativas divulgadas pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e pelo Ministério da Saúde (MS), em 2018, surgiram, aproximadamente, 600 mil casos novos de câncer no Brasil. Ainda segundo o mesmo levantamento, as ocorrências para 2019 deverão permanecer as mesmas.

No Brasil, o tipo de câncer mais comum em ambos os sexos é o de pele, com 165.580 novos casos por ano. Dentre as mulheres, a maior incidência é de câncer de mama, com 59.700 registros por ano. Nos homens, o tipo mais incidente é o de próstata, com 68.220 diagnósticos anuais.

Com os avanços da medicina, a descoberta da doença está começando a deixar de ser um grande trauma e passando a ser encarada com mais esperança, uma vez que diversos tratamentos surgiram ao longo do tempo, com grandes percentuais de cura e baixos índices de retorno dos tumores. O mais importante, em todo caso, é procurar ter hábitos de vida saudáveis, contar com o acompanhamento de especialistas de saúde e, em caso de doença, iniciar o quanto antes o tratamento.

Principais tratamentos de câncer

Cirurgia

É o mais antigo tipo de tratamento de câncer e também o mais utilizado, com altos índices de cura quando a doença é diagnosticada em estágio inicial. A cirurgia também pode ser realizada com objetivo de diagnóstico, como na biópsia cirúrgica, alívio de sintomas como a dor e em alguns casos de remoção de metástases, quando o paciente apresenta condições favoráveis para a realização do procedimento.

Quimioterapia

O tratamento quimioterápico utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, atinge não somente as células cancerosas, como também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral.

Radioterapia

Utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam o tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas e os elétrons. Embora as células normais também possam ser danificadas pela radioterapia, geralmente elas podem se reparar, o que não acontece com as células cancerígenas.

Hormonioterapia

Tem como objetivo impedir a ação dos hormônios em células sensíveis. Algumas células tumorais possuem receptores específicos para hormônios, como os de estrógeno, progesterona e andrógeno e em alguns tipos de câncer, como o de mama e de próstata.

Terapia-alvo

É um tipo de tratamento sistêmico, que utiliza medicamentos-alvo moleculares que atacam especificamente determinados elementos encontrados na superfície ou no interior das células cancerosas.

Imunoterapia

É um tratamento biológico cujo objetivo é potencializar o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pelo próprio paciente ou em laboratório. Atuando no bloqueio de determinados fatores, a imunoterapia provoca o aumento da resposta imune, estimulando a ação das células de defesa do organismo.

Transplante de medula óssea

O transplante de medula óssea é o tratamento de alguns tipos de câncer. Esse transplante pode ser: halogênico, quando a medula ou as células precursoras provêm de outro indivíduo, ou autólogo, quando a medula ou as células precursoras provêm do próprio indivíduo transplantado.

Lembrando que esses tipos de tratamento de câncer podem ser realizados de forma conjunta ou separadamente, dependendo da avaliação do especialista.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião oncológico no Rio de Janeiro!

Comentários

Hérnias da Parede Abdominal

Ocorrem devido às malformações ou fragilidade adquiridas durante a vida. Neste local, por aumento da pressão intra-abdominal, o conteúdo peritoneal se projeta para o exterior, causando a hérnia. Geralmente, as hérnias são móveis, podendo ser reduzidas. Em algumas situações tornam-se presas (encarceradas), podendo inclusive sofrer isquemia (estranguladas).

Cálculos da Vesícula Biliar

A litíase das vias biliares, também conhecida como "pedra na vesícula", atinge de 10 a 20% da população. Por um desequilíbrio bioquímico na bile - que fica armazenada e concentrada na vesícula biliar - cálculos de tamanhos variados podem se formar. Esses podem ser assintomáticos, causar dores de intensidade variada e complicações mais sérias - como colecistite, colangite e pancreatite.